Cultura está prejudicada pelo atraso na colheita da soja devido às chuvas
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) negou o pedido de prorrogação de dez dias do período de semeadura do milho de segunda safra, estabelecido pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). A extensão da data de plantio havia sido solicitada em 26 de fevereiro, pela FAEP, em conjunto com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e pelo Sistema Ocepar.
No dia 10 de março, o Mapa negou o pedido de prorrogação, com base na Nota Técnica n°4/2021, da Coordenação Geral de Risco Agropecuário, da Secretaria de Política Agrícola do Mapa. Segundo a análise, o Zarc não é proibitivo, mas é um critério adotado para que os produtores tenham acesso ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e ao Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR). Ou seja, os agricultores podem fazer o plantio fora do período estabelecido, mas perdem a proteção desses programas. A nota também destaca que plantios feitos fora da janela na região Centro-Sul do país tem resultado em colheitas em condições inadequadas de temperatura e umidade, o que tem favorecido perdas nas lavouras.
“Alterações não fundamentadas nesses parâmetros de risco trazem insegurança às relações e maiores incertezas nas estimativas calculadas de perdas potenciais para cada safra nas carteiras das seguradoras e resseguradoras. Além disso, ressaltamos que as seguradoras habilitadas no PSR e as empresas resseguradoras (…) se manifestaram formalmente no sentido de que não aceitariam riscos fora da janela preestabelecida”, acrescenta a nota.
Além disso, a Coordenação Geral de Risco Agropecuário informou que, ainda em 2021, vai desenvolver o Zoneamento de Produtividade (ZarcPro), para as culturas do milho e da soja, que indicará os níveis de produtividade esperada, de modo a otimizar os mecanismos vigentes. “As informações do ZarcPro vão gerar novas possibilidades para a criação de produtos de seguro rural e Proagro mais adequados para diferentes realidades no campo (ambientes, épocas e nível tecnológico: mais ou menos produtivo)”, diz a nota.
* informações da Faep