Em queda desde 2015, setor de saúde suplementar fechou 2020 com maior patamar dos últimos três anos
Retrato da pandemia de Covid-19, o aumento da preocupação dos brasileiros com a saúde fez subir a demanda no mercado de saúde suplementar no último ano. É o que mostram os dados recentes do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS): no total, são 47,5 milhões de usuários de planos e 555 mil novos beneficiários com contratações no último ano.
Com a ampliação do potencial de expansão, novos modelos de planos chegaram ao mercado, como o Qsaúde, em operação desde outubro de 2020. Entre os principais diferenciais da empresa estão o resgate da modalidade do plano individual, que oferece maior previsibilidade financeira, com reajustes anuais controlados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Também trouxe uma mudança no relacionamento entre os clientes e os planos de saúde ao oferecer um acompanhamento de saúde contínuo por meio do atendimento acolhedor dos médicos de família da Clínica Einstein.
O aumento da procura por assistência privada levou o setor ao maior patamar registrado desde 2017¹. Anteriormente, o cenário era de queda, ano a ano. Mesmo com o crescimento, apenas 24,5% da população nacional têm plano de saúde.
O acesso ao sistema de saúde privado, inclusive, é uma aspiração dos brasileiros. De acordo com pesquisa realizada pelo Ibope, encomendada pelo IESS, o serviço é o terceiro maior desejo de consumo da população nacional, ficando atrás apenas de educação e da casa própria.
Um ano após a descoberta do primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus no país, a busca por maior segurança em saúde, tanto em atendimento médico quanto em tratamento, se reflete no crescimento do setor, uma vez que planos de saúde figuram como uma forma de atingir esse objetivo.
“Com a pandemia, percebemos que a saúde voltou a ser o maior desejo da população. O Qsaúde foi lançado justamente para atender à essa demanda, entregando atendimento próximo e contínuo, levando maior segurança aos nossos clientes”, conta o vice-presidente Executivo, Anderson Nascimento.
Plano de saúde é tudo igual? Entenda as diferenças entre individual e coletivo
Com centenas de opções de operadoras e diferentes modalidades, há algumas dúvidas sobre qual atende melhor a necessidade individual do beneficiário.
Ao contratar um plano de saúde, o consumidor poderá escolher entre ter um plano individual ou familiar, com contrato assinado diretamente entre a pessoa e a operadora, ou coletivo, este firmado com uma empresa (empresarial) ou associação de caráter profissional (por adesão), aos quais o consumidor esteja vinculado.
E, na prática, qual a diferença entre eles para o consumidor? O valor dos reajustes é um fator que chama atenção na hora da escolha. Na modalidade individual, esse índice é estipulado pela ANS, ou seja, a porcentagem é definida pelo órgão regulador. Já nos planos coletivos, o dado é calculado pela operadora com base na sinistralidade registrada no período. Assim, os valores podem ser superiores àqueles determinados pela agência e variam entre os clientes, chegando a ser quase o dobro. Para o exercício 2019/2020, por exemplo, o estipulado pela ANS para individuais foi de 8,14%, enquanto a expectativa para coletivos ultrapassa os 15%.
Para contratação de um plano coletivo, é necessário algum vínculo com pessoa jurídica, ou seja, é feito para um CNPJ. Assim, os que tiverem interesse nessa contratação devem possuir uma empresa, ser trabalhador com vínculo empregatício ou fazer parte de alguma associação ou sindicato. A modalidade individual, por sua vez, requer apenas o CPF do interessado.
Ainda, há diferenças quanto ao cancelamento. Planos de saúde individuais não podem ter os serviços suspensos por decisão da operadora. Esses só podem ser cancelados por fraude ou inadimplência superior a 60 dias. Quanto aos coletivos, a empresa contratada pode suspender a cobertura unilateralmente, sem participação do beneficiário.
3 dicas para escolher o melhor plano de saúde
Com todas as variantes em regulamentação e opções disponíveis no mercado, vale ficar alerta a alguns pontos principais, para decidir aquele que melhor atenderá suas necessidades:
- Rede credenciada: o consumidor deve avaliar em quais unidades de saúde o consumidor terá atendimento. É importante verificar também a qualidade da rede credenciada e dos serviços prestados, pensando no melhor custo benefício.
- Regulamentação e contrato: no site da ANS é possível consultar as normas que as operadoras devem seguir, incluindo questões como valor de reajuste e cancelamento. É necessário também verificar se esses e outros pontos no contrato estão em conformidade com as leis vigentes, evitando surpresas, como suspensão de serviços sem aviso prévio.
- Verifique a modalidade: entenda com seu corretor ou operadora qual modalidade está sendo negociada. Por vezes, coletivos por adesão podem ser oferecidos como plano individual. Como há diferença de regulamentação entre eles, o consumidor deve permanecer atento para contratar aquela que melhor atende ao que procura.