Especialista mostra como amenizar os efeitos psicológicos negativos que o isolamento social pode causar nos brasileiros
O Brasil é o país mais ansioso e o quinto mais depressivo do mundo. Segundo estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS), a ansiedade afeta 18 milhões de brasileiros e os transtornos mentais são responsáveis por mais de 30% do número total de incapacidade nas Américas.
Com a pandemia de corona vírus, a situação ficou ainda mais grave, conforme explicou Kátia Almeida, psicóloga assistencial da Corporate Health, empresa do Grupo Ritacco, especializada em gestão de saúde.
“O surto de Covid-19 provocou uma mudança brusca e longa no cotidiano das pessoas. Isso potencializou a depressão, o medo, a ansiedade, o tédio, a tristeza, a saudade, a insônia, a compulsão alimentar e o consumo de bebidas alcoólicas, entre outras coisas”, pontuou a psicóloga.
Para ela, a falta de socialização por causa do distanciamento social, o excesso de trabalho no sistema home office e a queda de rendimento escolar, no caso dos estudantes, são fatores que abalam o emocional das pessoas. “O ambiente residencial passou a ser estressante e entediante para alguns. As crianças, por exemplo, ficam incomodadas, pois também enxergam a escola como um ambiente de lazer e de interação. E a pandemia tirou isso delas”, argumentou.
E como amenizar tais efeitos negativos?
Kátia Almeida afirmou que algumas ações diminuem os problemas psicológicos causados pelo isolamento social. São elas:
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Ter uma alimentação saudável;
- Ouvir música;
- Meditar;
- Manter o ambiente residencial limpo, agradável e divertido (principalmente quando houver crianças);
- Não se descuidar da aparência, ou seja, evitar trabalhar ou estudar de pijama;
- Procurar um profissional da saúde mental.
De acordo com a especialista, as pessoas precisam mentalizar que uma hora a pandemia vai acabar. “E quando isso acontecer, elas precisam estar bem, na medida do possível. O autocuidado é extremamente importante. Para manter a mente sã neste período é preciso praticar algumas ações que sempre foram comuns no dia a dia. É um momento difícil, mas, mais do que nunca, é essencial nos cuidarmos”, avaliou.
Head de saúde da Corporate Health, Rafaella Ritacco reforçou a importância das sugestões dadas pela psicóloga parceira. “Desde a fundação, a nossa empresa trata a saúde mental como a máxima atenção que o assunto merece. Por isso, sempre mantivemos psicólogos em nosso ecossistema de parceiros e disponibilizamos atendimentos aos colaboradores de nossos clientes. Na pandemia, não é diferente. Os resultados têm sido bastante positivos agora e ao longo de nossa trajetória”, completou Rafaella.