Dados demonstram que as lesões tendem a ser fatais em países de baixa e média economia
As fatalidades no trânsito são responsáveis por 1,35 milhões de mortes por ano em todo o mundo e deixam entre 20 e 50 milhões de pessoas com lesões não fatais, segundo dados da última atualização da Organização Mundial da Saúde (OMS). As estatísticas apontam que o número de envolvidos em acidentes nas rodovias e estradas continua a crescer, por isso é importante reforçar medidas de segurança e dar apoio às causas, como o Maio Amarelo, que visam a conscientização a respeito do tema.
Para a OMS, os principais fatores de risco que aumentam as chances de acidentes são a não utilização de itens obrigatórios como capacetes para motociclistas, cintos de segurança e cadeirinhas para crianças, distrações como o uso de telefones celulares e outros aparelhos eletrônicos, falta de revisão dos veículos, infraestrutura rodoviária insegura e a aplicação inadequada das leis de trânsito. Os estudos globais apontam ainda que os países com baixo índice de desenvolvimento econômico têm as mais altas taxas de acidentes de trânsito, cerca de 93%. Juntamente com danos emocionais causados pela fatalidade, os familiares das vítimas, na maioria dos casos, não possuem recursos financeiros para arcar com as despesas médicas, o que incorre no aumento no número de mortes nesses locais. Além disso, dados da OMS indicam que a economia nacional dos países subdesenvolvidos é seriamente impactada pelas lesões de trânsito, custando aos países 3% de seu PIB.
O Brasil está entre os dez principais países do mundo em acidentes de trânsito. De acordo com o Observatório de Transportes e Logística, de 2007 a 2019, foram contabilizados 1.778.344 acidentes em rodovias federais no país. Só em 2019, foram 66.878 incidentes e 5.297 lesões fatais e, entre os estados brasileiros, os que apresentaram os maiores níveis foram Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. “Tivemos uma década difícil aqui no Brasil, infelizmente foram quase 100 mil vidas perdidas em acidentes fatais. Podemos ter anos melhores pela frente, mas para isso, precisamos falar de soluções para um trânsito mais seguro. Como uma empresa especialista em segurança, queremos usar de toda a nossa experiência para garantir mais segurança também nas estradas”, comentou o diretor comercial e de varejo da DEKRA no Brasil, Reinaldo Hagge.