Realizado com base nos dados de fechamento de 2016, o estudo mostra que elas têm contribuído mais e já ultrapassam os homens em algumas regiões
A Brasilprev, que é especialista no mercado de previdência privada e que conta com mais de R$ 200 bilhões em ativos sob gestão, realizou um levantamento em sua base nacional de 1,98 milhão de clientes e constatou que 49% são do sexo feminino. O estudo foi elaborado considerando os planos PGBL e VGBL, entre janeiro e dezembro de 2016 e, mais uma vez, comprova que a cultura de previdência está em ascensão entre esse público, já que em 2007 elas representavam 44%.
De acordo com a análise, em 2016 o valor de contribuição médio delas foi de R$ 385, um aumento de 10% em relação a 2015, quando era de R$ 351. Conforme o quadro a seguir, este número, ao analisamos os participantes do sexo masculino, evoluiu 7%, de R$ 393 para R$ 422. “Até 2007, o valor médio de aportes das mulheres era de R$ 158 e dos homens R$ 210 e, nessa mesma época, eles evoluíam neste indicador 12% ao ano, enquanto elas apenas 2%. A partir de 2010 o crescimento se equiparou e, hoje, o incremento da contribuição entre as mulheres é três pontos percentuais acima do registrado entre eles, um movimento que vai ao encontro do empoderamento feminino que estamos acompanhando na sociedade”, comenta Soraia Fidalgo, superintendente de Gestão de Clientes da Brasilprev.
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O estudo apontou que as regiões Sudeste e Nordeste detêm a maior base feminina por proporção (homens x mulheres na região), ambas com 51%. “Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativos a 2015 e divulgados em 2016, em dez anos houve um aumento da participação feminina na condição de responsáveis pelos domicílios. Paralelamente, quando analisamos a base da Brasilprev, em todas regiões elas aumentaram em proporção de clientes”, ressalta Soraia. Abaixo, o mapa completo:
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Este público tem preferência pelos planos VGBL (voltado para as pessoas que declaram o IR no modelo simplificado, não declaram ou já usufruem do limite do benefício fiscal de um PGBL), com 76,7% de adesão, face os 23,3% que optaram por planos PGBL (indicados para quem utiliza o modelo completo do IR e poderá deduzir as contribuições da base de cálculo até o limite de 12% da renda bruta anual tributável). Soraia Fidalgo complementa: “A intenção de investir por mais tempo fica clara na opção de tributação, já que 59% das mulheres optaram pela tabela regressiva do imposto de renda. Nessa opção a alíquota de imposto a ser aplicado no momento do resgate decresce ao longo do tempo de aplicação, chegando a 10% após 10 anos de permanência no plano. Isso demonstra que cada vez mais as mulheres estão desenvolvendo uma cultura previdenciária, com foco em projetos de vida de longo prazo”.