CIST promove workshop sobre saúde mental e seguro cibernético

CIST promove workshop sobre saúde mental e seguro cibernético

Evento aconteceu nesta quarta-feira, 27, em formato híbrido, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Clube

EXCLUSIVO – O CIST promoveu nesta quarta-feira, 27, dois workshops em formato híbrido. O primeiro painel debateu a “Produtividade e Saúde Emocional”, com a presença de Silvia Sanches, CEO da PróAção Desenvolvimento, e como moderadores Maira Monteiro, diretora executiva do CIST e David Silva, Diretor do CIST. O segundo painel debateu “Riscos cibernéticos na cadeia logística”, moderado por Aruã Piton, diretor executivo Técnico do CIST, Claudio Pinto, fundador da Clamapi seguros cibernéticos e co-fundador da BlueCyber seguros, Sergio Vasconcelos Dias, especialista em subscrição de riscos em transportes no IRB Brasil e Diego Zanini, Líder de transporte na Lockton Brasil.

O presidente do CIST, Alfredo Chaia, disse sobre as mudanças que a pandemia trouxe. “A pandemia trouxe algumas circunstâncias para refletirmos, como quem somos e agimos em momentos de estresse e, como avançamos na questão de saúde mental”, disse. 

 

Produtividade e Saúde Emocional

A CEO da PróAção Desenvolvimento, Silvia Sanches, falou sobre a importância do autoconhecimento para o saber lidar com as questões da vida. “Não existe outra finalidade do ser humano do que servir outro ser humano. Se tirarmos os seres humanos, nada sobra”, disse. Silvia ainda falou sobre se compreender e que isso reflete no desenvolvimento da empresa como um todo. Ela citou que 85% das organizações do mundo tem problemas de comunicação, em falar claramente com seus funcionários sobre os trabalhos e serviços a serem realizados dentro da empresa.

Silvia ainda citou a importância de cuidar da saúde mental e emocional, assim como é feito com a saúde física, incluindo um check up com um psiquiatra anualmente. “Levamos um tabu de que cuidar da cabeça, ir ao psiquiatra é um demérito. O Brasil é o 1º país em ansiedade, o 5º em depressão, caminhando a passos largos para o topo. A gente acha que não pode falar sobre isso normalmente”, ressaltou.

Dentro das empresas, Silvia explicou que as pessoas ainda escondem seu mal-estar mental por medo dos julgamentos, citando quando o funcionário “surta”. “Se eu não tenho saúde, não dá para ser produtivo. Primeiro temos que aceitar quem somos, sem precisar provar isso para as pessoas. Assim, nós conseguimos saber do que somos incapazes e trazer alguém que supra essa necessidade”, explicou. A executiva citou que de 96 pessoas afastadas das empresas por problemas de saúde mental, 92 têm medo de serem demitidas por isso. “Quando falamos de saúde mental, não falamos em não ter problemas, vão ter dias que vão ser mais difíceis, isso é normal. Mas, significa como a gente lida com isso, passa por esse problema e sai dele”, ressaltou.

Questionada sobre como lidar com a saúde emocional e o lado pessoal no home office, A CEO da PróAção disse que o grande problema é o auto julgamento. “Uma coisa que nos adoece muito é o julgamento interno, ficamos internamente se julgando e se cobrando e com um medo enorme que aqui fora contem para nós que aquilo que falamos internamente é verdade”, exemplificou.

 

Riscos cibernéticos na cadeia logística

Os ataques cibernéticos que aconteceram nos últimos anos levaram um alerta para o mercado de seguros. A proteção de dados, discutida em 2020 por conta da LGPD, necessitava de proteção. Diego Zanini, Líder de transporte na Lockton Brasil, falou que o mercado segurador é reativo referente a inovações e novos produtos, e que o corretor tem um papel essencial na contratação de uma apólice de seguro cibernético. “O corretor precisa identificar do cliente qual a necessidade, quais riscos e vulnerabilidades e trazer para a seguradora de uma forma bem clara para conseguir discutir uma situação que hoje não tem”, explicou.

Claudio Pinto, fundador da Camapi Seguros Cibernéticos e co-fundador da BlueCyber Seguros, disse que o mercado de seguros tem que encarar o seguro-ciber como encara o seguro de vida. “No seguro de vida o sinistro é certo, no ciber é a mesma coisa, você não sabe quando e quantas vezes. O mercado tem que entender o risco e saber como precifica-lo”, explicou. O executivo ainda explicou sobre os diversos tipos de hackers, desde ex-funcionários até o PCC que oferecem algum dinheiro para um colaborador para poder acessar o sistema da empresa.

Assista o conteúdo completo no canal do YouTube do CIST.