Segundo a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), entre 19 e 20 de fevereiro, foram registradas 2,7 mil ações de resgate nas cidades de São Sebastião, Guarujá e Bertioga antes da região ser tomada novamente por fortes chuvas.
A agência de risco Moody’s avalia que chuvas extremas no litoral norte de São Paulo vão afetar os perfis de crédito de seguradoras mais expostas à cobertura de automóveis e propriedades no Brasil. ainda assim, a agência de classificação de risco pondera que a baixa penetração de seguros no país é um fator de redução dos impactos da catástrofe para o mercado.
Segundo o analista sênior da Moody’s local para o Brasil, Diego Kashiwakura, “os eventos recentes no litoral paulista sinalizam para as seguradoras de que o Brasil não está imune a eventos climáticos com elevado poder de destruição”. Ele pondera, no entanto, que “a baixa penetração de seguros no país mitiga, em parte, a exposição a eventos como esse”.
Conforme o especialista, “observamos que as seguradoras mais expostas a cobertura de automóveis e de propriedade serão as que terão seus perfis de crédito mais afetados negativamente pelo evento”.
As ações se concentram nas cidades de São Sebastião, Guarujá e Bertioga, e estão sendo realizadas por aproximadamente 15 seguradoras. Para chegar aos locais afetados, os planos de contingência das seguradoras incluem viaturas, guinchos e caminhonetes. Veículos especiais aquáticos, como marruás e motos aquáticas também estão sendo empregados, uma vez que alguns bairros ficaram completamente ilhados.
A Porto Seguro informou que, até o fim de segunda-feira, dia 19, atendeu 546 acionamentos, dos quais 322 somente no domingo. De acordo com a seguradora, em um dia regular, a média diária é de 70 acionamentos.