Nome de mulher viva foi usado em fraude e agora ela é considerada morta. Valor de apólices de 4 seguradoras chega a R$ 1,4 milhão, em São Carlos, SP
Polícia Civil de São Carlos (SP) investiga o envolvimento de quatro pessoas em uma fraude de R$ 1,4 milhão de seguro de vida. Uma sepultura no nome de uma mulher de Matão (SP) que está viva foi aberta nesta terça-feira (30) pelos policiais, que encontraram no local o caixão com pedra e serragem no lugar do corpo.
Segundo a investigação, os suspeitos usaram os documentos dela e simularam sua morte para conseguir o dinheiro de 5 apólices de 4 seguradoras. O líder do esquema é um ex-agente funerário de 47 anos, que contou com a ajuda do genro, um corretor de seguros de 25 anos, e sua filha, uma dona de casa de 24 anos, que seria a beneficiária dos seguros.
Um médico que prestava serviços em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Carlos teria expedido a falsa declaração de óbito oficial. Ele é genro do ex-agente. Eles devem ser ouvidos pela polícia nos próximos dias. A defesa dele afirmou que não houve dano financeiro e que os envolvidos estão empenhados em esclarecer o caso.
As quatro seguradoras ainda estão levantando a existência das apólices. O dono da funerária contou que estava viajando quando tudo aconteceu e que o funcionário envolvido pediu demissão pouco depois.
A Prefeitura de São Carlos disse que o médico que assinou o atestado de óbito não trabalha mais na UPA.
Fonte: g1.globo.com