Especialista do Mission Brasil aponta falhas comuns que afetam a produtividade e a eficiência de equipes externas e  podem colocar em cheque os resultados das empresas

A gestão de campo, como é chamado o trabalho direcionado ao grupo de talentos  que atuam fora do ambiente corporativo, como técnicos, entregadores, vendedores e promotores, assumiu um papel essencial dentro das empresas. O avanço da tecnologia e o crescimento da demanda por serviços rápidos e personalizados tornaram essa frente operacional indispensável para a competitividade em um mercado cada vez mais exigente e dinâmico.

Apesar disso, muitas organizações ainda enfrentam entraves ao tentar organizar e monitorar sua equipe externa de forma estruturada. Segundo Elvis Camilo, especialista em logística e softwares de gestão e Chief Operating Officer (COO) do Mission Brasil,  os principais desafios estão  na falta de visibilidade operacional, ausência de padronização, falhas na comunicação em tempo real e processos manuais que comprometem a produtividade.

O executivo diz que sem as ferramentas e dados adequados, os gestores tendem a encarar baixa produtividade, aumento de custos e queda na satisfação dos clientes. “Gerir equipes já é desafiador, mas times externos exigem mais do que controle de presença e checklists. É preciso visibilidade em tempo real, integração de sistemas e padronização dos processos e nesse ponto a tecnologia colabora para antecipar problemas e agir com agilidade”, detalha.

Pensando nisso, o especialista listou os 5 principais erros cometidos por organizações em relação ao gerenciamento de campo. Confira:  

  1. Falta de visibilidade e controle em tempo real
    Sem dados em tempo real, as empresas perdem o controle da operação. Isso compromete a execução das tarefas e abre margem para improdutividade. “É impossível gerenciar o que não se vê. Sem informações atualizadas, o gestor trabalha às cegas. Ferramentas com georreferenciamento permitem saber exatamente onde a equipe está e o que está sendo feito, no momento em que acontece, logo, é possível agir de forma mais estratégica”, afirma Camilo.
  2. Ausência de padronização e processos ineficientes
    Seguindo a mesma lógica, a desorganização operacional e a falta de procedimentos prejudicam a consistência dos dados e comprometem a qualidade estratégica. “Padronizar processos não significa burocratizar, mas garantir que dados assumam valor real para o negócio. Contar com dashboards e BI’s personalizados ajudam a padronizar rotinas e garantem maior assertividade na análise”, explica o executivo.
  3. Processos manuais e falta de automação
    Camilo diz que ainda hoje, é comum encontrar empresas que fazem registros manuais das atividades de campo, o que consome tempo, gera erros e torna os dados pouco confiáveis. Sendo assim, segundo ele, automatizar tarefas como check-in e check-out com fotos e localização é uma forma simples e eficaz de aumentar a produtividade e reduzir falhas.
  4. Falta de integração com outros sistemas corporativos
    A falta de integração entre sistemas também prejudica o fluxo de informações entre setores e gera retrabalho. “A sinergia e a fluidez entre os sistemas corporativos e a plataforma de campo garante que todos tenham acesso à mesma base de dados e em tempo real”, reforça o COO do Mission Brasil.
  5. Falta de planejamento de rotas e visitas
    Um roteiro bem planejado é essencial para um trabalho eficiente. “A ausência de um planejamento e tecnologia inteligente para deslocamentos resulta em desperdício de tempo e de recursos, dois elementos muito preciosos em uma empresa”, explica Camilo. Portanto, com o uso de soluções que consideram a localização geográfica para roteirização, é possível aumentar a eficiência e até dobrar o número de atendimentos por dia, conclui o especialista.