Novamente os números assustam. De acordo com estudo da Associação Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística (NTC&Logística), em 2017 foram registrados 25.790 casos de roubos de cargas no Brasil, o que totaliza um prejuízo de R$ 1,570 bilhão. Rio de Janeiro e São Paulo, juntos, são responsáveis por 81,56% das ocorrências.
De acordo com Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny, maior gerenciadora de riscos na área de transportes e logística do Brasil, “de maneira geral, as estatísticas mostram um quadro pessimista sem melhorias em curto prazo, porém as empresas que têm inserido programas de gerenciamento de riscos em suas operações desafiam os números conquistando melhores resultados”.
“Existem várias ferramentas modernas que tornam o GR ainda mais eficiente. Entre elas está o uso do Big Data, ou seja, é possível ter um banco de dados extremamente potente, que permite mapeamento estratégico de áreas de risco, confecção de rotogramas, normatização das regras de GR, capacitação e gestão de pessoas”, explica Cyro.
O executivo ainda enfatiza que está havendo, cada vez mais, controle da frota e gestão das entregas, por meio de app de monitoramento de carga via mobile, para veículos que não possuem equipamento de rastreamento instalado, além da utilização de drones para análise situacional das operações.
“Ações básicas de gerenciamento de riscos como pesquisa e adequação do perfil do motorista contratado, serviços de inteligência e tecnologias embarcadas que direcionam os órgãos de segurança pública ao local exato do delito, otimizam a estrutura policial disponível e contribuem para a prisão de meliantes e recuperação das cargas”, diz.
Dicas
A Buonny, que é uma das referências nesse setor, preparou dicas para ajudar na redução de roubos, bem como acidentes, nas estradas brasileiras. Confira:
1. Software de gestão de frota: facilita a gestão, já que produzir relatórios analíticos e gerenciais sobre a frota e entregas, custos, percurso, jornada de trabalho e parada dos motoristas, pautados nas estatísticas recebidas. Assim, o gestor tem um retrato preciso do que se passa com os veículos e pode tomar decisões estratégicas;
2. Rastreador de veículos: equipamento instalado nos veículos, que permite absorver um conjunto de informações importantes para o gestor da frota. Conta com sensores e atuadores em todo o veículo, que enviam alertas e bloqueiam o caminhão, se for necessário;
3. Telemetria: composta por diferentes sensores instalados no equipamento de rastreamento do veículo, pode diminuir em 30% a ocorrência de acidentes. A tecnologia permite acompanhar o comportamento do motorista em tempo real, coletar dados para geração de relatórios, entre outras informações;
4. Aplicativos para rastreadores mobile: práticos, acessíveis e com ótimo custo benefício. Por meio do celular, o motorista pode verificar locais de entrega e rotas determinadas, entre outros dados importantes para agilizar e tornar o trabalho mais seguro.
“Todos esses dispositivos são aliados importantes para aumentar a segurança da operação, porém para fazer a gestão e entender quais tecnologias são mais adequadas para cada situação, é fundamental ter uma equipe capacitada e especializada em gerenciar riscos”, finaliza Buonavoglia.