Os temporais do mês de novembro não surpreenderam os brasileiros. Assim como no fim dos anos anteriores, fortes chuvas prejudicaram ou até interromperam a rotina da população. No Rio de Janeiro, por exemplo, alagamentos e deslizamentos de terra aconteceram durante este mês, e a previsão é de ficar ainda pior em dezembro. Já em São Paulo, a forte chuva do último dia 23 ocasionou em enchentes, prejudicando, inclusive, o deslocamento de milhares de pessoas que moram na região do ABC Paulista.
O aumento das tempestades impacta na sinistralidade do seguro auto. A maioria dos carros que ficam ilhados nas enchentes não tem condições de usos posteriores. Nesse caso, então, as companhias pagam a indenização de acordo com o valor do veículo. Entretanto, em algumas ocasiões, o segurado não tem direito a receber o benefício.
Para que o cliente possa receber a indenização, ele precisa provar à seguradora que a enchente o pegou de surpresa. “O motorista não pode ultrapassar a área alagada, se ele tentar fazer isso, a companhia não cobre o seguro”, esclarece Eduardo Dal Ri, diretor de massificados da SulAmérica. Segundo ele, ao tentar passar por uma enchente “o motorista está colocando o seu carro em risco”.
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Embora seja o motivo mais comum, alagamento não é o único dano que pode ser configurado como desastre natural. Chuvas de granizo, queda de árvores, deslizamento de terra e raios também estão cobertos pelas seguradoras. Tudo isso, porém, deve estar acordado na apólice. “Toda cobertura compreensiva inclui proteção contra os fenômenos naturais. A cobertura compreensiva, ou seja, a apólice completa é a qual maioria dos brasileiros fazem”, relata Dal Ri.