A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou, nesta sexta-feira (23), os resultados do Programa de Qualificação da Saúde Suplementar – avaliação anual do desempenho das operadoras de planos de saúde. A partir do ano-base 2015, o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) mostra que, das 975 empresas avaliadas, sendo 695 do segmento médico-hospitalar e 280 exclusivamente odontológicas, 25,9% obtiveram nota entre 0,80 e 1,00 (nota máxima) e 54,9% ficaram com pontuação entre 0,60 e 0,79 – o que representa, nessas duas faixas somadas, uma abrangência de 94,6% do total de beneficiários registrados no ano passado (64,8 milhões).
“É mais um sinal claro da evolução do sistema de saúde suplementar, que está aperfeiçoando a qualidade do atendimento prestado e o relacionamento junto aos consumidores. Claro, que, obviamente, há espaço para melhorar ainda mais o desempenho. Mas esse resultado mostra que estamos no caminho certo”, afirma Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) – entidade representativa de operadoras de planos e seguros de assistência à saúde.
O IDSS aponta, ainda, que houve um número maior de operadoras que subiram de faixa em relação as que desceram em comparação entre os anos-base 2014 e 2015. Do total de 975 empesas avaliadas, 302 (31%) mudaram de um nível mais baixo para um superior, enquanto 175 (18%) caíram de um patamar superior para outro inferior.
O programa da ANS permite que o beneficiário acompanhe de perto a qualidade de atendimento prestado pelo seu plano de saúde. Para as seguradoras e operadoras, trata-se de uma forma de monitorar e aprimorar os serviços oferecidos – um estímulo a mais à concorrência no setor. Atualmente, são 48,3 milhões de beneficiários de planos de assistência médica e 22,3 milhões de consumidores em planos exclusivamente odontológicos que compõem o setor de planos de saúde no Brasil.
Confira as lista de indicadores selecionados pelo IDSS:
Para definir o Índice de Desempenho de cada operadora, foram analisados 29 indicadores distribuídos nas quatro dimensões. Confira:
Dimensão: Qualidade em atenção à saúde (7 indicadores)
- Proporção de parto cesáreo;
- Taxa de internação por fratura de fêmur em idosos;
- Número de consultas médicas ambulatoriais selecionadas por beneficiário com 60 anos ou mais;
- Proporção de procedimentos preventivos em saúde bucal;
- Proporção de exodontias entre procedimentos odontológicos individuais;
- Programa de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças;
- Programa de operadoras apoiadoras.
Dimensão: Garantia de acesso (13 indicadores)
- Taxa de citopatologia cérvico-vaginal oncótica;
- Taxa de mamografia;
- Número de consultas médicas ambulatoriais por beneficiário;
- Taxa de internação hospitalar;
- Proporção de consulta médica em pronto-socorro;
- Índice de sessões de quimioterapia sistêmica por consulta médica;
- Número de consultas odontológicas iniciais por beneficiário;
- Proporção de próteses odontológicas unitárias;
- Dispersão de procedimentos e serviços básicos de saúde;
- Dispersão da rede assistencial hospitalar;
- Dispersão de serviços de urgência e emergência 24 horas;
- Dispersão da rede assistencial odontológica;
- Quantidade de beneficiários com pelo menos um hospital acreditado.
Dimensão: Sustentabilidade no mercado (5 indicadores)
- Proporção de beneficiários com desistência no primeiro ano;
- Taxa de fiscalização;
- Taxa de resolutividade de Notificação de Intermediação Preliminar (NIP);
- Recursos próprios;
- Disponibilidade financeira.
Dimensão: Gestão de processos e regulação (4 indicadores)
- Percentual de qualidade cadastral;
- Índice de regularidade de envio dos sistemas de informação;
- Índice de efetivo pagamento do ressarcimento ao SUS;