A JLT Resseguros recebeu, no dia 8 de novembro, no Rio de Janeiro, seguradoras, resseguradores, reguladores da indústria da aviação e um investigador de acidentes aéreos para compartilhar conhecimento e trocar experiência em relação a sinistros aeronáuticos.
Fernando Selestrino e Fernando Domingues, reguladores na McLarens Aviation Brasil, traçaram um panorama sobre o papel do regulador e apresentaram os aspectos e processos de um sinistro, desde pequenos incidentes, passando pelas ocorrências de grande porte, até os detalhes contemplados no relatório final que abrange todas as informações referentes ao sinistro.
A dupla elencou ainda os tipos de danos mais comuns na operação de aeroportos, como por exemplo, a ingestão de objetos, a colisão de pássaros e a saída de pista. As dificuldades criadas por questões políticas, barreiras culturais e influências locais que precisam ser enfrentadas durante a investigação de um acidente ou incidente também foram lembrados.
“Foi uma ótima oportunidade para transmitir o conhecimento do processo”, ressaltou Selestrino. Para ele, algumas situações no momento do sinistro podem ser evitadas com informação. “Em sete anos é a primeira vez que participo de um encontro promovido por uma corretora.”
Para o diretor da McLarens Aviation Brasil, Fernando Rodrigues, o mercado segurador deveria realizar mais seminários e workshops como forma de divulgar e atualizar os profissionais sobre todas as questões envolvidas em um sinistro.
Disseminação da informação foi como o Brigadeiro Carlos Alberto da Conceição, investigador master de acidentes aeronáuticos, pontuou toda a sua apresentação. Na avaliação do especialista, a prevenção de acidentes aéreos passa pelo conhecimento, atualização e treinamento constante de todos os que trabalham no setor aeronáutico. “Seriam poupadas mais vidas e as empresas otimizariam seus recursos financeiros”, afirma. De acordo com a National Business Aviation Association o prejuízo estimado com gasto por saída de pista é de US$ 900 bilhões. Com colisão de aves US$ 1, 4 bilhão.
Carlos Alberto, que também é gerente da McLarens Aviation Brasília, falou sobre as ferramentas de prevenção, a influência da cultura organizacional no risco das companhias aéreas, a importância da consciência situacional, o gerenciamento na manutenção, no handling e processos. O investigador ressalta que “é preciso elevar o estado de alerta para que a percepção do risco seja constante. É na queda da percepção que os incidentes e acidentes acontecem”.
Foto: Brigadeiro Carlos Alberto da Conceição (Divulgação JLT)