Armando Vergilio participou de transmissão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)
No pós-pandemia, um dos principais desafios do mercado será o de moldar produtos adequados para as camadas da população que ainda não tiveram acesso ao seguro, pois crescerá muito a demanda por proteção. A afirmação foi feita pelo presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Armando Vergilio (Foto/Divulgação), ao participar, na última segunda-feira (15), da live “CNC Responde”, promovida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), na qual abordou diferentes questões de grande relevância para o mercado de seguros e, particularmente, para os corretores.
Vergilio apontou o microsseguro como alternativa para esse novo cenário, mas, lembrou que esse tipo de produto ainda não teve sucesso no Brasil, porque necessita de uma escala muito alta, o que pode surgir agora. O líder da Federação projetou uma profunda mudança no comportamento do mercado, que, segundo ele, “dificilmente vai retornar ao modelo de atividade que se tinha”.
Para o presidente da Fenacor, além do home office ganhar força, por vir “funcionando muito bem”, haverá necessidade de mais dinamismo nas relações e de reprecificação dos produtos, além do desenvolvimento de novas modalidades que permitam maior acessibilidade principalmente das pessoas das classes C, D e E.
Neste contexto, deverá prevalecer e ficar ainda mais evidente o relevante papel que cabe ao corretor de seguros. “Os corretores vêm demonstrando a sua importância estratégica para a continuidade dos negócios e para amparar as pessoas e as famílias”, salientou Armando Vergilio ao frisar que os corretores agiram rapidamente e conseguiram a dilatação do prazo de pagamento dos prêmios do seguro. Com isso, muitas apólices não foram canceladas com a perda de direitos. A categoria também teve que trabalhar com afinco para atender o amento vertical na procura por seguros de vida e de saúde.
Vergilio acrescentou que o mercado de seguros, como um todo, “respondeu muito bem” às novas necessidades que surgiram com a pandemia, com destaque para a ampla adesão de seguradoras à campanha lançada pela Fenacor para que o mercado pudesse afastar a cláusula de exclusão de pandemias. “Rapidamente atenderam nossa solicitação. Praticamente quase todas estão pagando as indenizações nos seguros de pessoas”, relatou, ao assinalar ainda que, nos seguros patrimoniais, é realizada a avaliação de casos como o fiança locatícia, uma vez que muitas pessoas e empresas não conseguem pagar o aluguel em decorrência da pandemia.
Armando Vergilio falou ainda sobre o Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS), pesquisa mensal que a Fenacor realiza para medir o grau de confiança dos corretores de seguros e do mercado. “A partir de fevereiro, a confiança já não estava tão grande e a atuação da Susep colaborou muito. Veio a pandemia e, hoje, temos baixa confiança para os resultados que serão apurados nos próximos meses”, disse o presidente da Federação.
Apesar de as perspectivas não serem otimistas, Vergilio manifestou esperança de um futuro promissor, até pelo que o mercado mostrou em outros momentos de dificuldades.
Por fim, ele explicou como será a edição de 2020 do “Prêmio Nacional de Jornalismo em Seguros”, que foi confirmada, mesmo diante da grave crise provocada pela pandemia do coronavírus, graças à parceria firmada com a Escola de Negócios e Seguros (ENS). “Buscamos essa parceria com a ENS que abraçou a proposta e viabilizou a realização do prêmio, que é um dos maiores do Brasil e que, na última edição, teve mais de mil trabalhos de altíssima qualidade inscritos. As inscrições serão abertas a partir de 1º de julho”, revelou.
A íntegra da live pode ser assistida neste endereço.