Evento contou com a presença de executivos brasileiros que compartilharam suas experiências durante a pandemia e as expectativas para o futuro
Aconteceu nesta terça-feira, 8 de setembro, a edição Brasil no ITC World Tour 2020. O evento acontece online por conta da pandemia de covid-19. Gustavo Doria Filho, Fundador do CQCs, abriu a transmissão falando de como surgiu a parceria internacional e do quanto é importante para o setor esse contato.
Marcelo Blay, CEO da Minuto Seguros foi o mediador do evento. O debate teve a presença de Luciano Snel, CEO da Icatu Seguros, Murilo Riedel, CEO da HDI Seguros e Ney Dias, CEO da Bradesco Auto/RE. Os executivos falaram das dificuldades enfrentadas desde o início da pandemia e, o quanto isso será importante no futuro.
Vulnerabilidade durante a pandemia
Blay relembrou o surgimento da Minuto Seguros há 10 anos atrás e, que depois disso surgiram várias corretoras digitais. Snel falou da sensação de vulnerabilidade trazida pela pandemia. “As pessoas estão conscientes dos riscos. Essa sensação foi ajudada com a economia que tem causado desemprego, queda da renda”, relata. Ele ainda disse que a forma de consumo mudou. “As pessoas estão buscando empresas que tenham propósito e sejam mais humanas”, explicou o executivo.
O CEO da Icatu ainda acredita que com o juros em queda deve vir uma nova onda de empreendedorismo. “Deve ser muito bom a longo prazo”, opina. Ele ainda disse sobre o crescimento do seguro de vida durante a pandemia, de acordo com pesquisas feitas pela Icatu Seguros, Snel citou que as pessoas têm a percepção que um seguro de vida custa até 3x mais do que o valor real. “Precisamos desmistificar isso. Mostrar os benefícios que um seguro trás para a vida dessas pessoas”, disse.
Snel citou que a Icatu investiu cerca de R$ 115 mil em tecnologia antes da pandemia e, ainda disse que uma das dificuldades mais enfrentadas na venda de um seguro é a jornada do cliente. “As pessoas mudam de vida. Uma pessoa solteira, ela estuda, depois casa, tem um filho, depois outro e ninguém o procura para ofertar algo que faça mais sentido para cada momento da vida daquele cliente”, explicou. O CEO ainda disse da parceria com a HDI Seguros e, sobre as lives que a empresa está realizando durante a pandemia, com especialistas de diferentes áreas para discutir sobre o cenário atual.
Momento delicado
O CEO da HDI Seguros, Murilo Riedel discursou como Snel. Ressaltou o momento complicado em o mundo vive, mas que tudo tem seu lado positivo. “Nos fez repensar em muita coisa”, contou. Ele acredita que o legado da pandemia será ter uma visão do futuro com mais responsabilidade aos gestores. Riedel ainda disse que a pandemia acelerou muitos processos além da tecnologia. “Nos fez pensar mais na diversidade, inclusão social, que são aspectos que nos trouxe um olhar mais crítico”, explicou.
Ele questionou em como serão as coisas como tudo passar. ” Como serão nossas atividades depois que tudo isso passar? Um aspecto que fico preocupado é a curva de desaprendizagem. As coisas vão ter que ser medidas de outras formas. Vamos ter que criar kpis de outra forma”, refletiu. Ele citou que o investimento tem que ser contínuo. “Vou vender mais, mas vou investir para o que o meu investido venda mais também”, orientou. E, ainda deixou um conselho para os profissionais do seguro. “Corretores se movimentem, busquem suas parcerias, porque ninguem vai conseguir seguir sozinho”disse Hiedel.
Processos acelerados
Ney Dias falou sobre as facilidades oferecidas pela Bradesco Seguros desde o início da pandemia. Ele contou que a demanda por seguro residencial em algumas localidades aumentou em 200%. Desde março muitas empresas adotaram o regime de home office, algumas já voltaram as atividades presenciais. Dias ainda contou que a vistoria remota, em que o cliente do seguro automóvel pode tirar fotos e enviar para a central, já era um projeto piloto da Companhia. “O processo é acelerar tendências”, disse. Ele ainda disse que, o momento é de diversificar os investimentos. “Temos que sair da rentabilidade basica”, orientou. O executivo ainda ressaltou que o momento é de dificuldades economicas e operacionais. “A queda da taxa de juros coloca pressão no resultado operacional”, explicou.