Segundo o relatório State of Mobile 2022, o mercado brasileiro de aplicativos é um dos que mais cresce em todo mundo, impulsionado, principalmente, pelos downloads de apps financeiros. A migração do relacionamento entre clientes e setor bancário para o celular, aliás, é um exemplo bastante concreto do processo de transformação digital que atinge o segmento.
Nos últimos anos, o setor financeiro tem investido cada vez mais em tecnologias como Inteligência Artificial (IA), automação de processos, blockchain e Internet das Coisas (IoT). Isso faz parte da estratégia do setor para tornar os serviços bancários mais acessíveis, oferecendo aos clientes melhor acesso a contas de poupança, investimentos e empréstimos por meio de serviços digitais.
Gilberto Reis, diretor de operações da Runtalent, empresa especializada no mercado de TI, em soluções outsourcing com alocação de profissionais, squads ágeis e gestão de times e projetos, salienta ainda que, além da transformação digital intensificada em todos os setores nos últimos anos, os desafios particulares do setor financeiro tornam a digitalização ainda mais imprescindível do que em outros mercados. “Além do expressivo custo de abertura e manutenção das agências físicas, as operações bancárias geram enormes quantidades de dados todos os dias. Para a realização das operações diárias — como transações, auditorias, investimentos etc. –, os bancos processam volumes gigantescos de dados. Fazer investimento constante na eficiência operacional gera aumento da produtividade, ganho de escala e minimiza erros e riscos, o que certamente gerará percepção de melhoria constante na experiência do cliente e consequente fidelização e retenção”, explica.
Por meio da tecnologia, as empresas financeiras são capazes de automatizar processos operacionais cruciais em larga escala e fornecer serviços mais eficientes aos seus clientes. À medida que o acesso à tecnologia se expande, aumenta também a necessidade de segurança dos dados, cujo objetivo é limitar a exposição organizacional e individual a possíveis roubos e fraudes. Inovações em segurança de dados e avanços no desenvolvimento de aplicativos podem ajudar a proteger os serviços de pagamento sem contato e seus usuários contra hackers e cobranças fraudulentas.
Para colocar tudo isso em prática, as empresas de serviços financeiros precisam, cada vez mais, de profissionais de TI qualificados em áreas como desenvolvimento mobile, computação em nuvem, inteligência artificial, aprendizado de máquina, programação de aplicativos e cibersegurança. “O grande desafio para o setor financeiro, neste sentido, é encontrar os profissionais que atendam a essas especificidades, uma vez que o mercado continua formando menos mão de obra qualificada em relação ao crescimento da demanda”, comenta Gilberto Reis.