O tema sucessão é muito delicada em qualquer empresa. Para que tudo dê certo e não haja grandes mudanças administrativas, ela precisa ser planejada. Foi o que aconteceu na Porto Seguro, um dos maiores grupos seguradores do país. E tudo foi bem planejado. Bruno Garfinkel, filho de Jayme Garfinkel, passa a ocupar a presidência do Conselho de Administração da Porto Seguro.
Bruno lembra que a chegada ao conselho começou, na verdade, desde que era criança. “Foi todo um processo de articulação”, diz ele ao se lembrar de ver o pai como executivo, pronto para ir trabalhar e falando do trabalho no jantar. “Ele sempre incluía a mim e minha irmã, perguntando o que achávamos, foi incluindo a gente na empresa de maneira informal”, recorda.
Ele ingressou na Porto Seguro em 2004 e já atuou como diretor comercial e de sinistro, diretor do Porto Seguro Auto, além de dirigir a Renova Ecopeças. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cursou MBA em Finanças Corporativas pela Boston University. Foi quando estava nos Estados Unidos que o pai o convidou para participar da companhia. “Quando cheguei, pensei que ia participar da estratégia da empresa e ele disse que não entendia nada de seguro, então comecei na área de atendimento”, recorda.
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Porto Seguro anuncia mudanças no conselho de administração
O novo presidente do conselho da Porto Seguro, define os últimos 2 anos fora da área executiva como uma oportunidade especial. “Pude ficar ao lado dele todo o tempo vendo como ele trabalhava. Cada pequeno problema do corretor era tratado com grau de seriedade”, diz ele.
Jayme disse confiar que os valores que tornaram a Porto Seguro uma das companhias mais importantes do mercado serão preservados. “Era um sonho inimaginável ter uma companhia tão bem, importante, com uma marca reconhecida e fazer essa transição que estamos fazendo, é um momento muito feliz”, definiu. Ele diz que agora encerra sua participação de 47 anos, à frente do grupo, adquirido por seu pai, Abrahão Grafinkel, em 1972. Hoje, a Porto Seguro é a quarta maior do setor no país e se prepara para estar mais presente na fazenda família. “É uma propriedade produtiva e quero me dedicar a ela também”, diz. Além disso, ele deve dedicar-se ao Instituto Ação pela Paz, organização que cuida da melhoria do sistema prisional.
Do seu lado, Bruno diz que seu trabalho agora é de dar continuidade. “Estamos começando hoje uma nova fase. Não quero que ele se afaste. Ele tem uma sensibilidade que faz a diferença”, pontua.
