Evento reuniu executivos do Brasil e do mundo para compartilhar experiências e desafios vividos durante a pandemia de covid-19.
Nesta quinta-feira, 22, aconteceu a 5º edição do CQCS Innovation Latam. O evento teve apresentação de Gustavo Doria Filho, fundador do CQCS. Encontro ainda contou com a presença de Susan Hatten, COO da BrokerTech, Eduardo Dal Ri, Diretor Executivo Comercial da Allianz, Lionel Soffia, CEO da Gallagher RE, e Bartolomé Bunge, Co-Fundador da We Cover.
Doria abriu o evento falando sobre o momento desafiador da pandemia de covid-19. “Passamos por um momento que irá mudar muita coisa nas nossas vidas”, disse. O CQCS Innovation Latam começou durante a pandemia e, tem nova edição, e talvez a última, prevista para Novembro. O fundador do CQCS ainda opina que, apesar do ano estranho, muita coisa deve mudar nas relações, inclusive as comerciais. “Uma coisa que me toca e me move muito, quando vemos o conceito de ecossistema que empondera, não precisamos perder para alguém ganhar”, ressalta.
Os convidados apresentaram suas empresas e negócios e, falaram também sobre o que foi feito durante a pandemia para a continuidade dos negócios. Eduardo Dal Ri, da Allianz, fala sobre a aquisição da operação de auto da SulAmérica. “Tínhamos um desafio duplo. Assim como todos temos que superar essa crise, chegar do outro lado cuidando das pessoas, estávamos compramos uma empresa durante a pandemia, mantivemos o negocio e aceleramos o processo dessa aquisição. Os encontros com advogados, bancos, acionistas, foram todos de modo remoto e, finalizamos com 1 mês antes do previsto”, conta.
Ele ainda destaca o aprendizado da oportunidade durante a crise sanitária. “Éramos o 9º lugar e nos tornamos em 2º em auto. Temos que integrar o sistema da SulAmérica dentro do sistema da Allianz, não podemos nos esquecer dos corretores e de nenhuma apólice, mas temos muito apoio”, explica o executivo. Dal Ri ainda contou que as agências cresceram, mas que a Companhia ainda não teve a oportunidade de visitar os locais presencialmente. “Investimos muito tempo em treinamento da nossa equipe, principalmente dos consultores que tem contato direto com os corretores, temos que superar alguns desafios de pessoas que são mais conservadores, que não entendem muito sobre tecnologias”, diz.
Sobre o “novo normal” tão falado durante a pandemia de covid-19, Dal Ri diz que a Allianz realizou uma pesquisa com os colaboradores para saber as opiniões deles sobre o home office e o pós-pandemia. “Maioria dos funcionários gostam de trabalhar de casa, apenas 10% dos nossos funcionários gostariam de voltar ao escritório. Não sabemos o que vai acontecer depois da pandemia, temos pensado em pelo menos 40% das pessoas em casa, mas se fizermos um trabalho muito bom podemos colocar 60% em casa”, conta.
O Co-Fundador da WeCover, Bartolomé Bunge, conta sobre a inovação que a Insurtech trouxe ao mercado argentino e, depois ao mexicano com a cobertura para smartphones em parceria com o Grupo Sura. Ele explica que a contratação é toda online, através do aplicativo, e que o cliente pode escolher o que proteger, quando e por quanto tempo. “Eu e meu sócio éramos amigos e corretores, pensamos em alguns riscos que gostariam de cobrir e o que não estava sendo coberto pelo mercado e, procuramos uma solução”, explica.
Ele ressalta que o objetivo era proporcionar bem estar aos clientes. Além disso, ele conta que as opiniões dos clientes são muito importantes. “As empresas seguradoras decidem o que vão cobrir, mas nós ouvimos nosso usuario. Coletamos dados para entender as necessidades dos nossos clientes”, diz. Ele ainda conta que a empresa é totalmente digital, não tem nenhum papel.
Outra convidada, Susan Hatten, COO Holmes Murda BrokerTech Ventures, que também participou da Pré-Conferência do ITC Global, compartilha a visão da Broker que é inovadora e tem ideias focadas no corretor de seguros. “Fomos fundados em parceria com várias agências. Temos um momento que as pessoas sentam e compartilham experiências, isso é distribuição”, explica. Ela conta que o ecossistema da empresa foi feito depois de muita pesquisa e, tem como pilares a aceleração, investimento precoce, que é um fundo coletivo com oportunidades de investimentos, inovação, capital e mídia e comunicações, que foram iniciadas no encontro.
O evento é uma oportunidade de conhecer novas empresas do mundo e o que está sendo feito em outros lugares referente a inovação, produtos e relacionamentos.