Plano de saúde carioca valoriza a atenção primária através do médico de referência
O grande desafio da Klini, lançada em novembro passado no Rio de Janeiro, é desconstruir o modelo de atendimento predominante e já consolidado dos planos de saúde no Brasil. Enquanto eles são voltados para as especialidades e o atendimento hospitalar, ou seja, focados na doença e no seu tratamento, a Klini está alicerçada no processo saúde-doença e suas singularidades, oferecendo aos clientes acolhimento e cuidados de forma integral, valorizando o que se chama de Atenção Primária à Saúde (APS). “Nos centros de atendimento Klini, o médico de referência ao receber os beneficiários, vai entender e identificar as suas necessidades em saúde. A partir daí, constrói planos de cuidados junto a uma equipe multiprofissional, acompanhando toda a trajetória dos seus pacientes nos serviços de saúde Klini”, esclarece Camila Dala Riva, coordenadora da área médica da Klini.
Num primeiro momento, o cliente pode achar que essa forma de atendimento restringe o seu acesso aos serviços. “O que acontece é justamente o contrário. É apresentado a ele a porta de acesso ao sistema de saúde e aos serviços. Uma vez que existe a rede de atenção coordenada pelos centros, tudo fica mais ágil e efetivo, permitindo assim qualificar o cuidado e atuar diretamente na promoção e prevenção à saúde. O médico de referência é o gestor desse cuidado e vale lembrar que há um canal de comunicação direta com serviços e especialistas, existindo diálogo entre todos”, enfatiza a coordenadora, que é especialista em Medicina de Família e Comunidade, especialidade orientada para a APS.
Apesar de se configurar como especialidade médica desde os anos 1970 e ter ganho uma nova roupagem em meados de 2010, a Medicina de Família e Comunidade só agora começa a chamar atenção da saúde suplementar no país. O setor vislumbra nesse modelo de atendimento o gerenciamento mais racional dos recursos, garantindo a equidade da assistência prestada através do monitoramento das condições de saúde dos seus clientes e promovendo assim ações de prevenção.
Segundo Camila Dala Riva, estudos comprovam que o modelo de atendimento orientado pela APS é capaz de resolver cerca de 85% dos problemas de saúde, independentemente de faixa etária ou sexo. Fora do Brasil, países como Inglaterra, Espanha e Canadá possuem sistemas de saúde norteados pela atenção primária com excelente percepção de qualidade pela população.