Maioria dos gestores não sabe, mas a maior parcela dos problemas de segurança está na inexistência ou no uso inadequado de processos
A invasão a computadores e dispositivos móveis por meio de fraudes on-line, os “ciberataques”, cresceram 23% no Brasil em 2021, segundo a Kaspersky. De 2020 para 2021, o Brasil saiu da posição de número 71 para o 18º lugar no Índice Global de Segurança Cibernética, divulgado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), da Organização das Nações Unidas (ONU). Nas Américas, o país está atrás apenas dos Estados Unidos e do Canadá.
Segundo o levantamento “Panorama de Ameaças 2021”, da Kaspersky, cujo enfoque foi a América Latina, os principais elementos que contribuíram para este aumento foram: o trabalho remoto e o uso de softwares e serviços piratas.
Com a extensão da rede da empresa para dentro das casas dos colaboradores, muitas fragilidades surgiram no processo. Várias delas não são causadas pela tecnologia em si, mas pela forma como se aplicou e adequou a tecnologia à nova realidade.
É o que afirma Emauri Gaspar, cofundador da Run2Biz, empresa de tecnologia focada no desenvolvimento de soluções ágeis que simplificam e geram valor real no dia a dia das organizações. “Quando problemas de cibersegurança ocorrem, temos intenção de culpar exclusivamente a tecnologia, mas esquecemos que a aplicação, a modificação e o uso da tecnologia são questões humanas. E o humano erra!”, explica.
Atualmente, existem processos e práticas consagradas que são indicadas para mitigar riscos. Um deles é o processo de “Change Management” ou “Gestão de Mudanças”, que, como seu próprio nome diz, visa tratar justamente das transições, principalmente das atualizações do uso da tecnologia e dos processos de trabalho. Quer mudanças mais significativas do que as que estamos vivenciando agora, com liberações em sistemas de segurança para abranger o trabalho em casa, disponibilização de mais serviços pela internet, entre muitos outros?
“Quando me perguntam com o que as empresas devem se preocupar primeiramente sob a ótica da cibersegurança, eu sempre informo: se preocupe com seus processos, principalmente com os processos de mudanças”, informa Gaspar.