Um número surpreendente e animador. O Brasil ultrapassou uma nova marca histórica no quesito energias renováveis. Empreendimentos e imóveis privados geraram 25 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terreno. O dado representa o equivalente a 11,6 % da matriz elétrica do País. Segundo mapeamento recente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em um ano, a energia solar cresceu cerca de 76%, saltando de 14,2 GW para 25 GW. Desde julho do ano passado, a fonte solar tem crescido, em média, 1 GW por mês.
De acordo com a entidade, desde 2012 a fonte solar já trouxe ao Brasil cerca de R$ 125,3 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 39,4 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 750,2 mil empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 33,4 milhões de toneladas de gás carbônico na geração de eletricidade.
Na análise de Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, o crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde (H2V) mais barato do mundo”, destacou. O presidente menciona estudo da consultoria Mckinsey que aponta o Brasil como detentor de uma nova matriz elétrica inteira até 2040 destinada à produção do H2V.
“Para tanto, o País deverá receber cerca de US$ 200 bilhões em investimentos no período, como geração de eletricidade, linhas de transmissão, unidades fabris do combustível e estruturas associadas, incluindo terminais portuários, dutos, armazenagem”, acrescenta Koloszuk. O Brasil possui cerca de 7,8 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte. Desde 2012, as grandes usinas já trouxeram ao País cerca de R$ 36,9 bilhões em novos investimentos e mais de 233 mil empregos acumulados, além de proporcionar receita aos cofres públicos que supera R$ 12 bilhões.
No segmento de geração própria de energia, são 17,2 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a cerca de R$ 88,4 bilhões em investimentos, R$ 27,4 bilhões em arrecadação e mais de 517,2 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9 % de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento. “O crescimento da fonte solar fortalece a sustentabilidade e a competitividade dos setores produtivos, além de beneficiar todos os consumidores brasileiros, fatores cada vez mais importantes para a economia nacional e para o cumprimento dos compromissos ambientais assumidos pelo País”, conclui Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar.
Economia dos painéis solares
De acordo com uma pesquisa feita pelo Banco BV, 69% dos brasileiros já pensaram em instalar a energia solar em suas residências, sendo metade das classes C e D. Isso devido ao aumento da cobrança de energia elétrica, gasto que poderia ser reduzido em até 95%. De fato, a conta de luz ainda compromete uma parcela considerável da renda mensal.
A economia gerada pela escolha dos painéis solares é suficiente para, não apenas pagar a aquisição e instalação, mas também para promover rentabilidade por muito tempo. Com a economia no orçamento, o valor pago nos painéis é compensado entre três e cinco anos após a instalação e a rentabilidade é gerada por mais de 15 anos.
Para Marcelo Macri, CEO da Energy Brasil, diante do desafio econômico atual, investir em energia renovável é a melhor alternativa. “A energia fotovoltaica pode reduzir em até 95% a conta de luz, seja em imóveis residenciais, comerciais ou industriais. Além disso, garante 25 anos de produção de energia”, informou.