Especialistas debatem a importância da seguro ambiental

Seguro Ambiental deve ser prioridade para indústrias

Saiba como funciona essa carteira que tem potencial de crescimento no país

O Brasil é farto em riquezas naturais e não é por acaso que exporta tantos produtos a outros países. Dessa maneira, os debates sobre agressão ao meio ambiente ficaram mais sérios e a questão é constantemente tratada como prioridade.

O seguro ambiental baseia-se no gerenciamento de riscos ambientais. Essa carteira tem como prioridade desenvolver planejamentos que se moldam conforme as características de cada organização e os cuidados que demandam à proteção do ecossistema.

Constantemente, empresas são autuadas por infrações ambientais. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) é a organização que fiscaliza e expõe mensalmente o número de indústrias que violam as leis do meio ambiente previstas na constituição.

O gerente do Departamento do Desenvolvimento Institucional Estratégico da Cetesb, Rodrigo Cunha conta que até meados dos anos 2000, cerca de 200 áreas do Brasil foram detectadas como contaminadoras do ambiente. No entanto, nessa época, não havia vistoria nos postos de gasolina. A partir de 2007, quando o órgão fiscalizador começou a atuar nos locais de abastecimento, o número subiu para 4.500 áreas contaminadas.

Rodrigo Cunha, gerente do Departamento do Desenvolvimento Institucional Estratégico da Cetesb
Rodrigo Cunha, gerente do Departamento do Desenvolvimento Institucional Estratégico da Cetesb

“Atualmente, são 5.700 áreas conhecidas e 73% desses são postos de gasolina. A Cetesb estabelece procedimentos detalhados e todos os relatórios são feitos de maneira digital”, aponta o executivo. 

A responsável pela área de seguros ambientais da AIG Seguros, Nathalia Gallinari explica como é realizada a apólice para esse segmento. De acordo com ela, os contratos são feitos para indústrias, transportes de produtos perigosos e poluentes, obras e prestações de serviços. Além de a seguradora arcar com custos de limpezas, danos pessoas (terceiros) ou danos de recursos naturais.

“Esse produto já tem sua importância no mercado. A seguradora que obter esse gerenciamento de risco na carteira se destacará das outras”, garante Nathalia.

A executiva aponta que esse seguro funciona como gerenciamento de riscos, ou seja, controla possíveis novos eventos. “O foco do seguro não é proteção ambiental e, sim, controle de contingentes”, finaliza.                

 

Por:

Redação Revista Seguro Total