Sharecare explica benefícios de investir em medicina preventiva

Com a recomendação de isolamento social, empresa explica a importância de cuidar da saúde

Sabemi

Uma das medidas para reduzir os custos assistenciais na saúde suplementar é realizar programas voltados para o controle de peso dos beneficiários. Afinal, a obesidade teve um aumento de 67,8% no país entre 2006 e 2018, de acordo com pesquisa do Ministério da Saúde.

Nesse contexto, é um fator que deve ser levado em conta pelas operadoras de planos de saúde, visto que o excesso de peso pode desencadear ou agravar uma série de doenças, incluindo alguns tipos de câncer.

Como o excesso de peso está relacionado a diversas doenças

A relação mais direta que se faz do excesso de peso é com as doenças cardiovasculares, já que esse é um fator de risco importante. No entanto, há outras doenças que também podem surgir ou se agravar devido à obesidade. Veja a seguir.

Alzheimer

Pesquisadores da Universidade de Wolverhampton, da Inglaterra, realizaram uma revisão de dados científicos — publicada no Journal of Alzheimer’s Disease — cujos resultados apontaram que o controle do peso é necessário para a prevenção de demências em idade avançada, como o Alzheimer.

O trabalho incluiu 38.219 participantes e 4.479 casos de demência registrados em diferentes países, como Estados Unidos, Suécia, Itália e Japão, sendo que o acompanhamento feito variou de 3 a 18 anos.

Adotar medidas para o controle de peso torna-se, assim, uma boa estratégia na rede suplementar, visto que o Alzheimer deve acometer mais de 152 milhões de pessoas até 2050, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Alguns tipos de câncer

Estar acima do peso ou obeso também contribui para o surgimento de 14 tipos de câncer. Esse foi o resultado de uma pesquisa do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), realizada em parceria com a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), da OMS.

O estudo demonstrou que o excesso de peso aumenta o risco dos tumores de:

• Mama (na pós-menopausa);
• Cólon e reto;
• Útero;
• Ovário;
• Vesícula biliar;
• Rim;
• Próstata;
• Esôfago;
• Pâncreas;
• Estômago;
• Tireoide;
• Mieloma múltiplo.

Estimativas da IARC indicam que, devido ao envelhecimento da população, o número de novos casos de câncer no mundo alcance os 640 mil em 2025. Desse total, cerca de 5% serão causados pelo excesso de peso.

Ovário policístico

As pessoas sabem que um dos sintomas do ovário policístico, além de alteração no ciclo menstrual e de pelos no rosto, é a obesidade. Contudo, em muitos casos, o excesso de peso torna-se um fator que piora a síndrome: muitas pacientes estão nessa condição e são assintomáticas, mas, quando engordam, os sintomas aparecem.

O que ocorre é que o ovário policístico é comum em mulheres com hiperinsulinismo, quadro de origem genética caracterizado por um defeito no receptor de insulina, levando a um aumento nos níveis da glicose no sangue, o que estimula o pâncreas a produzir mais insulina. A manifestação do hiperinsulinismo está associada, em muitas mulheres, à obesidade.

Assim, os incômodos causados pela síndrome tendem a regredir quando a paciente perde peso.

Dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), indicam que a síndrome de ovários policísticos atinge de 6 a 10% das mulheres em idade reprodutiva.

Depressão

É importante destacar que o controle de peso também é essencial para a prevenção de problemas de saúde mental. A obesidade aumenta o risco de desenvolver depressão, como mostrou uma pesquisa da Universidade de Aarhus, na Dinamarca. Segundo o estudo, a explicação está na baixa autoestima e estigmatização social por conta da pessoa estar acima do peso.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, esse transtorno atinge 300 milhões de pessoas no mundo todo, por isso é um ponto de atenção para as operadoras de planos de saúde.

Papel do plano de saúde no controle do peso

Existem bons motivos para as operadoras de planos de saúde montarem estratégias para o controle de peso dos usuários. Trata-se de um trabalho de medicina preventiva, evitando o desenvolvimento de doenças, muitas delas graves, que vão exigir consultas constantes com especialistas, exames, terapias, uso do pronto-atendimento, internações e cirurgias.

Recomendações ao paciente obeso

É importante investir na atenção primária à saúde de forma que os profissionais forneçam as principais recomendações ao paciente obeso, como a necessidade de adotar uma alimentação equilibrada, de praticar atividades físicas regularmente e de realizar de check-ups.

Inserção em programas de medicina preventiva

Além de fazer as recomendações de saúde, as operadoras precisam engajar esse paciente, convidando-o a participar de programas personalizados, voltados para a qualidade de vida, como ações para o controle de peso, alimentação saudável, controle de doenças crônicas e até para a saúde mental.

Ações de medicina preventiva no controle de peso do beneficiário. Quer alguns exemplos de soluções eficazes voltados para o engajamento do paciente com excesso de peso?

Coaching preventivo

Esse programa tem como objetivo melhorar a qualidade de vida do beneficiário, realizando um acompanhamento para promover uma mudança em seu estilo de vida. Dessa maneira, o coaching preventivo atende a necessidade de cada paciente, com controle de peso e de estresse, adesão médica, entre outras.

A ideia é prevenir doenças, de modo que o beneficiário tenha uma vida mais saudável e produtiva.

Estímulo a hábitos saudáveis via app

Os serviços de saúde não param de evoluir, com a tecnologia cada vez mais presente nos cuidados do paciente. É a chamada saúde 4.0, que é bastante focada nos aspectos preventivos.

Nesse cenário, ganha destaque o uso de aplicativos para estimular o usuário a adotar hábitos mais saudáveis. O app da Sharecare, por exemplo, é uma ferramenta interativa, que disponibiliza diversas informações ao usuário que precisa controlar o peso: apresenta histórico de saúde, dicas baseadas no RealAge, conteúdos produzidos por especialistas, bem como campanhas para incentivar hábitos saudáveis que podem ser organizados pela própria operadora, tornando o processo mais lúdico e divertido.

A rede suplementar deve direcionar seus esforços para o controle de peso dos beneficiários. Diante disso, é fundamental investir em tecnologias e programas personalizados, que vão promover o bem-estar físico e mental dos usuários e reduzir o risco de doenças e lesões.