Todos os dias, usamos uma infinidade de aplicativos – WhatsApp, Facebook, Instagram, YouTube –, e, dependendo de sua faixa etária e seu interesse em redes sociais, a lista aumenta para Twitter, TikTok e o mais recente BeReal. O mundo está cada vez mais conectado, e, apesar das inúmeras facilidades, infelizmente, as notícias sobre crimes cibernéticos, ataques de hackers e falhas de sistema só aumentam.
Como o nome diz, as moedas virtuais são o dinheiro do ambiente virtual, por isso as criptomoedas são vistas com alguma desconfiança pelo mercado financeiro e pelos investidores. A falta de conhecimento técnico sobre as moedas e as numerosas notícias sobre golpes e roubos em carteiras digitais contribuem para o aumento da insegurança.
Devido à fragilidade deste sistema de investimento, a procura por seguro cibernético aumentou. De acordo com uma pesquisa da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), a procura por seguros cibernéticos aumentou 41,5% no primeiro trimestre de 2022, comparado com o ano passado. Segundo o estudo, as empresas brasileiras gastaram R$ 34,5 milhões em seguros contra ciberataques neste mesmo período. A CNseg acredita que o investimento em segurança só tende a crescer, pois os ataques cibernéticos são cada vez mais frequentes e a proteção oferecida pelas seguradoras traz tranquilidade e evita que as empresas tenham maiores prejuízos.
Riscos das criptomoedas
Entre os riscos que estão presentes neste tipo de investimento, está a exploração de algum bug presente no código das carteiras, por exemplo. Uma simples falha no código pode fazer com que um montante de investimento desapareça em um piscar de olhos. E não estamos falando de pouco dinheiro, hoje o total de dinheiro investido nessas moedas no mundo é superior a 50 bilhões de dólares, segundo a plataforma DeFi, que fornece dados sobre o segmento. Ter um seguro contra falhas é algo que todo investidor sonha em realizar, mas, muitas vezes, o seguro não está disponível ou está hospedado em estruturas que tecnicamente também podem apresentar as mesmas brechas nos códigos.
Seguro para dinheiro digital
Para manter informações seguras na internet, como dados sensíveis de empresas, é possível usar a tecnologia blockchain. O mecanismo funciona como um banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente destas informações. Os dados são consistentes e seguros contra ataques cibernéticos, pois a tecnologia não permite que um documento seja alterado ou excluído sem o consenso total da rede.
Apesar de ainda não ser possível usar este tipo de segurança de dados e informações bancárias para as transações de moeda digital, algumas seguradoras estrangeiras já possuem planos de proteção para as moedas digitais. A Boost Insurance, empresa de infraestrutura de seguros digitais, em parceria com a Breach Insurance, lançou neste ano o Crypto Shield, seguro que cobre roubo cibernético de moedas enquanto elas estão sob a custódia de corretoras como Coinbase e Binance US.
As operações de transação de criptomoedas são divididas entre “quente” e “fria”, e elas não correspondem só à valorização destes ativos. Quando falamos de segurança, “quente” e “frio” também são adjetivos para medir a segurança dos investimentos. As carteiras quentes são as mais vulneráveis a ataques e as carteiras frias são as potencialmente mais seguras.
Reembolso virtual
Com a seguradora ativada, caso o investidor sofra um golpe, é possível reaver o que está combinado na sua apólice. Por isso, caso você esteja pensando em investir em criptos no exterior, não deixe de procurar uma seguradora de confiança. E, caso você seja um iniciante nos investimentos, não deixe de procurar uma corretora profissional, que irá te guiar nos primeiros passos, e o mais importante: irá manter o seu dinheiro seguro, garantindo que você não invista em carteiras fraudulentas. Foto: Divulgação iStock