Após mais de 10 anos do acidente que envolveu sete vítimas fatais, a pergunta que fica é se os familiares foram indenizados como deveriam
12 de janeiro de 2007 foi o dia que chamou a atenção do paulistano. As obras da futura estação Pinheiros da linha 4- amarela da Companhia Metropolitana de São Paulo, na zona Oeste da cidade, produziram uma imensa cratera bem no meio da construção. O acidente ocasionou a morte de sete pessoas.
Depois de mais de 10 anos, familiares das vítimas e pessoas que perderam seu imóvel na tragédia ainda brigam na justiça para receber a indenização. Muitas casas tiveram que ser demolidas por apresentar alto índice de risco de desabamento.
Em uma entrevista ao portal IG, o ex-marido de uma das vítimas, Antônimo Manuel Teixeira declarou que perdeu um apartamento que era avaliado em R$ 250 mil e ele recebeu cerca de R$ 114 mil da seguradora. Teixeira também afirma que, de indenização, a prefeitura pagou R$ 94 mil, mas, até agora, não recebeu todo o valor.
A obra foi feita pelo consórcio Via Amarela e teve participação da Odebrecht, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez.
Por considerar que a Promotoria não conseguiu provar que os envolvidos conseguiriam evitar o acidente, em outubro de 2016 s Justiça absolveu 14 réus das empreiteiras.
Operação Lava Jato
No ano passado, a polícia federal indicou suspeita de propina em apuração da cratera. Alguns documentos apreendidos apontam a suspeita de pagamento de propina para o promotor da Justiça de São Paulo a fim de favorecer empreiteiras nas apurações sobre o acidente da linha 4-amarela.
Esse caso é alvo da Operação Lava Jato, pois a Polícia Federal está investigando contratos montados pela Odebrecht que liderava o consórcio Via Amarela.
Por:
Redação